apresentação

 

Quando o Cineduc – Cinema e Educação iniciou sua atividade, em 1970, tinha a preocupação de dar às crianças e jovens a possibilidade de conhecer os elementos da linguagem cinematográfica, usados pelos cineastas para realizar suas obras. Desta maneira, criavam-se platéias críticas, que não recebiam passivamente os valores difundidos pelo cinema e pela televisão.

 

Nesses 40 anos de existência do Cineduc, vimos o crescimento enorme do volume de mensagens visuais, o advento do vídeo e da informática. Os meios de comunicação adquiriram grande poder e são hoje os verdadeiros construtores de visões de mundo e do gosto estético, em grande parte elaborados a partir de interesses de mercado.

 

Como toda linguagem, as linguagens visuais possuem elementos óbvios, explícitos, de fácil compreensão, e elementos sutis, semânticos, que são muitas vezes só percebidos pelo subconsciente. Quanto mais atentos estivermos na apreciação de uma obra, melhor percebemos os pontos de vista do autor, seus valores políticos e éticos, mais fácil se torna interpretá-la e julgá-la e, sem dúvida, extraímos dela maior prazer estético.

 

No caso da fotografia, da reportagem e do documentário, esse conhecimento se faz ainda mais necessário, pois como são trabalhos captados do real, tendem a ser interpretados como a realidade em si, e não como o resultado do ponto de vista do autor.

 

Da mesma forma que saber juntar as letras para formar palavras não significa saber interpretar um texto, olhar não significa saber ver.

 

Para os gregos, existiam dois tipos de olhar: o olhar receptivo e o olhar ativo.

 

O olhar receptivo, passivo, decorre do simples fato de possuirmos a capacidade de ver, ou seja, de recebermos estímulos luminosos na nossa retina. Nós vemos, mesmo sem ter a intenção, o que está na nossa frente.

 

O olhar ativo, ao contrário, é o olhar de quem vê o mundo com atenção, de quem busca, de quem pretende compreender ou simplesmente apreciar o que o mundo exterior proporciona. Este é o olhar do sábio, do cientista e do artista, das pessoas que transformam o que percebem em idéias, conhecimento, poesia, arte.

 

Para executar seu trabalho, a equipe do Cineduc vem desenvolvendo ao longo dos anos uma metodologia de ensino e sensibilização largamente testada, baseada em estudos teóricos e pensamento filosófico, criando técnicas de dinamização e materiais didáticos.

 

Neste momento estamos particularmente empenhados na capacitação de professores para trabalhar com as linguagens audiovisuais nas escolas, já que este é o melhor meio de difundir e multiplicar esse conhecimento.

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